Um dia Clara acordou estafada.
Sonhara demais, e no sonho ela fez tudo que sempre ansiou fazer acordada.
Sentada na beira da janela com sua calcinha de cerejas, acendeu um cigarro.
Sorria quando o vento fazia carinho na curva do seu ombro. Clara tem apetite de pescoço.
Primeiro pensou que era uma pena que tivesse sido, apenas, um sonho.
No entanto, após a quinta tragada, ela sorriu.
Clara era uma moça de sorte.
Tem gente que nem sonhar sabe.