quinta-feira, novembro 27, 2008

clarice, eu te amo.



"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida".




"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."




“Penso que agora terei que pedir licença para morrer um pouco. Com licença- sim? Não demoro. Obrigada.”



adeus.

domingo, novembro 23, 2008

falta- me.


Uma dor de estômago. Uma saudade. Uma goteira insistente e contínua.

E então, eu constato quanta coisa me falta...

Não falo de coisas tipo ganhar na Mega Sena, comprar uma Eco Sport preta, todos os vestidos das vitrines mais bacanas da cidade, ter a magreza da Gisele ou o rosto da Scarlet Johanson. Não que não me falte tudo isso. Até falta...

Mas a falta, aquela que faz a gente sentar na frente do mar e pensar, aquela que enche nossos olhos de água, aquela que esmaga o coração, aquela que nos engole.

Falta- me tanta coisa....

Tá faltando as pessoas que foram arrancadas de mim, pela vida.

Faltam-me minhas amigas - irmãs por perto ( essa falta tem sido uma das mais doloridas).

Falta coragem, falta muita coragem. Falta eu mandar o medo embora e dar boas vindas pra coragem.

Falta eu me entender um pouco mais, embora eu já saiba que "viver ultrapassa qualquer entendimento". Mesmo assim, faz falta.

Falta-me um abraço vindo do Rio de Janeiro.

Falta sol, falta calor, falta o vento quente roçando no meu pescoço.

Falta-me um beijo longo. Falta-me um olhar. Falta-me um suspiro, um sorriso.

Tá faltando matar essa saudade. Tá faltando leveza.

Tá faltando tanta coisa.

E penso que sempre vai faltar alguma coisa. É fato e faz parte.


Mas hoje, me parece que tenho faltas em excesso.





segunda-feira, novembro 17, 2008

cor.


Se a liberdade é azul.


Qual seria então a cor da saudade?





Criei esse blog há uma semana, acho. Talvez mais.

E eu sempre olhava pra esse branco todo e nunca sabia o que escrever. Talvez porque eu sempre quisesse criar algo super bacana pro meu primeiro post. E não dizer algo do tipo: "não sei escrever", "não sei porque fiz esse blog". (O que também não seria uma mentira... )

Aí hoje eu percebi que isso não vai acontecer.

Então, pronto. Ta aí.

Meu primeiro post, não tem nada de sensacional e começa com uma pergunta....

ultimamente me sinto uma interrogação ambulante.