quinta-feira, outubro 25, 2012
agora
Hoje pela manhã, entre um gole de café e um olhar pela janela, tive vontade de escrever.
Entrei no blog vagarosamente, com uma súbita vergonha de ficar tanto tempo sem visitá-lo, contemplei a tela branca e solitária e desatei a teclar desenfreadamente um texto sobre o agora. A impressão que tenho é que entre o começo e o fim do minha escrita eu somente inspirei ar uma vez. Foi assim, de sopetão.
Assim que registrei a última palavra me chamaram. Deixei ali, sem apego, as palavras e parti. Quando voltei pra elas, percebi que o computador tinha ficado sem energia e dormiu. E com seu sono levou meu texto para a terra do nunca.
Fiz ele despertar imediatamente e ele obedeceu. Mas o texto do agora ele não me devolveu. Nem pude ficar magoada com ele porque fui eu quem virei as costas e esqueci as palavras ali.
Agora, tento escrever novamente aquele texto. O texto do agora. Digito, apago. Penso, não lembro. Resgato uma ideia mas ela parece esquisita. Sinto uma palavra mas ela me escapa em seguida.
É claro.
Era sobre o agora.
O agora de hoje de manhã já é passado.
Agora é agora.
E agora eu não consigo mais dizer o que queria sobre o agora.
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