quinta-feira, novembro 27, 2008

clarice, eu te amo.



"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida".




"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."




“Penso que agora terei que pedir licença para morrer um pouco. Com licença- sim? Não demoro. Obrigada.”



adeus.

2 comentários:

Jully Fernandes disse...

vixii, tambéma doro clarice.
mas às vezes as palavras dela me doem fundo!
beijo queridissima!

mARINA mONTEIRO disse...

nem preciso comentar